As Organizações Vistas Como Fluxo e Transformação
Revelando a Lógica da Mudança:
As Organizações Vistas Como Fluxo e Transformação
“Não se pode pisar duas vezes no mesmo rio, já que as águas fluem constantemente” observou o filósofo Heráclito, 500 a.C. O mundo é uma sociedade composta por organizações em transformação. Tudo flui e nada permanece igual. Dois pesquisadores chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela baseiam seus argumentos na ideia de que os sistemas vivos são caracterizados por três aspectos principais: autonomia, circularidade e auto referencia. Isto confere a eles a habilidade de se autocriarem ou de se auto renovarem. Maturana e Varela criaram o termo “Autopoiesis” para se referirem a esta capacidade de auto reprodução através de um sistema fechado de relações. Sustentam que o objetivo de tais sistemas é em ultima instância, reproduzirem-se a si mesmos: a sua organização e identidade próprias são seus produtos mais importante. A interação de um sistema com o seu ambiente é na realidade, um reflexo e parte da sua própria organização. A teoria da autopoiesis localiza a fonte de mudança em variações aleatórias que ocorrem dentro do sistema total. Ao projetar-se no seu ambiente e então organizar este ambiente, uma organização lança as bases para agir em relação a ele de maneira que, na realidade, permite a organização se auto reproduzir. Organizações evoluem ou desaparecem em conjunto com mudanças que ocorrem nos seus ambientes e a administração estratégica dessas organizações requer um entendimento deste contexto. Isso exige que os membros da organização adquiram uma nova maneira de raciocinar a respeito do sistema de relações circulares ao qual pertencem e que compreendam como estas relações são formadas e transformadas pela empresa através de processos que são mutuamente determinantes e determinados. A industrialização tende a produzir sindicalização como uma força oposta ao processo de industrialização. Riqueza tende