As Organizações vistas como fluxo e transformação

As organizações vistas como Fluxo e Transformação – Resumo

Carlos Daniel Romanzini

1. INTRODUÇÃO
O universo é uma unidade que flui e é indivisível. Processo, fluxo e mudança são fundamentais a este universo. Um estágio do universo, em qualquer momento, reflete a realidade mais básica. Esta realidade mais básica podemos chamar de ordem implícita (ou encoberta). A outra realidade que se manifesta no mundo ao nosso redor podemos chamar de ordem explícita. A ordem implícita é vista como um processo criativo, que gera força para as formas nas ordens explícitas.
O mundo se cobre e se descobre de um momento para um outro momento, como uma forma de unidade pulsante. Cada momento da existência apresenta similaridade com os momentos que o precederam, criando a aparência de continuidade em meio à mudança.
Na ciência e na vida quotidiana há a tendência de se considerar a mudança como um atributo da realidade e de se ver o mundo em mudança. O mundo é, em si mesmo, nada mais do que um momento dentro de um processo mais fundamental de mudança. Existem processos ocultos subjacentes à superfície de nossa realidade, que podemos denominar de “lógicas da mudança”. Estas lógica ajudam a explicar o estágio concreto do mundo em qualquer parte considerada do tempo. 2. ASPÉCTOS IMPLÍCITOS E EXPLÍCITOS DA ORGANIZAÇÃO
O mundo da organização é uma realidade empírica aparente, é possível então compreender melhor a natureza da organização pela decodificação da lógica da transformação e da mudança através das quais esta realidade se revela. Três imagens da mudança podem fornecer um meio para esta explicação:
• A organização como sistemas auto-reprodutores;
• A organização como círculos em lugar de linha, a lógica da causalidade mútua; e
• A organização como contradição e crise: a lógica da mudança dialética. 2.1 Organismos como sistemas auto-reprodutores
A teoria da autopoesis apresenta implicações para compreensão das organizações como