As Organizações vistas como Cérebros
A ideia de se considerar a organização como um cérebro é apresentada por Morgan (2006) como uma alternativa para entender como o funcionamento desse órgão se assemelha aos processos de geração de conhecimento através das estruturas presentes nos métodos de transformação daquele ambiente. Usando como base o livro The natural history of mind, de G. R. Taylor, ele explica que, ao comparar-se o cérebro com uma máquina, o segundo perde quando se avalia a capacidade de operação quando este não estiver portando todos os “instrumentos” necessários para o seu funcionamento. Um estudo feito com ratos prova que, mesmo não possuindo partes inteiras do cérebro, os animais conseguiam guiar o seu caminho através de um labirinto, mesmo que com limitações. As máquinas, ao contrário, têm o seu funcionamento comprometido quando determinadas peças são retiradas de seu sistema estrutural. A metáfora utilizada para exemplificar melhor essa questão é aquela que compara o cérebro com um sistema holográfico. Nele, uma placa é utilizada para gravar determinadas informações. Se em algum momento essa placa se quebrar ou for danificada de alguma forma, é possível reconstruir as informações perdidas usando as partes que não sofreram danos. Tendo como base essa premissa, que foi sugerida por Karl Pribram, entende-se que o cérebro é capaz de armazenar a memória em toda a sua extensão, sendo assim reconstituída por outras partes quando uma deixa de existir. Essa metáfora, diferentemente das outras usadas para o mesmo assunto, destaca-se das demais por apresentar uma inteligência menos centralizada e melhor distribuída. Com o intuito de tentar reproduzir ações semelhantes as do cérebro, máquinas estão sendo criadas com o propósito de desenvolver atividades específicas, sem a necessidade de interferência das demais partes de seu sistema. A mais bem sucedida experiência desse âmbito é o mobot Genghis, criado por Rodney Brooks. Composto por seis pernas,