AS MULHERES NA SOCIEDADE ISLÂMICA
O papel da mulher na sociedade islâmica é influenciado por diversos aspectos políticos e por várias tradições sociais, psicológicas e culturais. Após anos de lutas, a mulher árabe conseguiu adquirir direitos equivalentes aos do homem, todavia, esses direitos demoraram a surgir. Nos primórdios dessas lutas por igualdade, as mulheres mulçumanas tinham mais regras e deveres do que direitos.
Não somente eram consideradas como um brinquedo e um ser inferior ao homem, mas também como tendo muitas deficiências, inclusive intelectuais e religiosas.
Por trás dessa situação há uma ironia trágica. A exclusão feminina não está presente nas fundações do islamismo, mas apenas no edifício que se erigiu sobre elas. No Corão, livro sagrado dos muçulmanos, contém versículos dedicados a deixar claro que, aos olhos de Alá, homens e mulheres são iguais. Ele mostra que
Deus espera a mesma fidelidade de ambos os sexos, e que a premiará de forma idêntica. O Corão é o mandamento divino, e não uma interpretação qualquer da vontade de Deus. Entretanto, o que se percebe na realidade é bem diferente do que o Corão orienta.
Uma das explicações da opressão das mulheres no Islã está ligada aos costumes e hábitos que muçulmanos costumavam manter das regiões onde se firmavam desde que esses estivessem em sintonia com seu pensamento tribal. O restante era descartado. Na Arábia, por exemplo, eliminaram as outras formas de casamento para que prevalecesse apenas o patriarcal. Quando conquistaram a região, que hoje abarca o Irã e o Iraque, assimilaram a prática de formar haréns, o uso disseminado do véu para as mulheres e, principalmente, os mecanismos de repressão feminina que eram uma característica marcante dos povos locais.
Foi nesse ambiente altamente misógino que, nos séculos seguintes, o direito islâmico foi elaborado. Separado em escolas que diferem em vários pontos, mas se apresentam como sendo timbres