As melhores f bricas de líderes Reportagem
São Paulo - O time de profissionais da foto acima tem algo em comum — todos iniciaram a carreira nas categorias de base da fabricante de bebidas Ambev. Eles permaneceram, em média, dois anos em cada posto até chegar ao cargo que ocupam atualmente.
O mais graduado, o presidente João Castro Neves, levou 13 anos para passar de analista ao comando da companhia - nesse período, ele ocupou oito posições diferentes.
É uma trajetória que pode parecer meteórica, mas é comum numa cultura que rejeita o que se chama internamente de “efeito paraquedas” - quando um forasteiro chega para ocupar um cargo na companhia, passando à frente de quem estava lá dentro ralando para dar o próximo passo.
Hoje, 94% dos vice-presidentes e diretores vieram de dentro e 96% das gerências da Ambev são ocupadas por gente que cresceu dentro de casa. O caminho para todos, sem exceção, é um só: para cima ou para fora.
O tempo de permanência no mesmo cargo considerado ideal não passa dos 1.000 dias, algo próximo a três anos. Exceções se aplicam a cargos mais graduados, como o de Castro Neves, que assumiu a função há seis anos. E a pressão vale até mesmo para ele. “Já há dez pessoas abaixo de mim perguntando quando vou sair”, afirma Castro Neves.
A Ambev está entre as dez empresas apontadas como as melhores formadoras de líderes no Brasil, num levantamento exclusivo realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, a pedido de EXAME.
É a primeira vez que uma equipe de especialistas em recursos humanos de uma das escolas de negócios mais respeitadas do Brasil se dedica a analisar, em profundidade, os mecanismos de formação de executivos e os índices de promoção em 90 grandes empresas que operam aqui.
Além da Ambev, as outras nove companhias que se destacaram no levantamento são: 3M, Arcelor Mittal, Caterpilar, Dow, EDP, Gerdau, Johnson & Johnson Medical, Novartis e Unilever. Trata-se de um grupo de elite porque seus números revelam, de maneira