As Filosofias Educacionais Na Educao Dos Surdos
AS FILOSOFIAS EDUCACIONAIS NA EDUCAÇÃO DOS SURDOS:
UMA ANÁLISE DA PRÁTICA DOCENTE E DA INTERAÇÃO SURDO-OUVINTE
Danielle Caruline Sena da Silva1
Eurides Bomfim de Melo2
Tícia Cassiany Ferro Cavalcante3
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo principal investigar o processo comunicativo entre alunos surdos e ouvintes, docente e intérpretes inseridos em classes regulares, do Ensino Fundamental I, buscando relacionar as características da interação, com as Filosofias que perpassaram a Educação dos Surdos na prática pedagógica. Para tal, participaram do presente estudo alunos e professores de ensino fundamental de uma escola regular da cidade de Camaragibe-PE. Na primeira sala de aula tinham três alunos Surdos e na segunda, dois alunos
Surdos. Foram feitas videografias das situações de sala de aula, sem a intervenção das pesquisadoras, com a proposta de analisar a prática pedagógica das professoras. Optamos por realizar o recurso da videografia, para uma maior fidedignidade e clareza na busca da gênese da situação retratada, no recorte da realidade em questão. Foi possível perceber que apesar da existência da intérprete, a prática pedagógica utilizada, não proporciona a Inclusão de fato, já que as professoras deixam transparecer nas suas práticas, filosofias educacionais para os Surdos que contribuem para um desenvolvimento parcial da comunicação e aprendizagem significativa.
Palavras-Chave: educação; inclusão; Surdos; filosofias educacionais; intérprete; língua brasileira de sinais (LIBRAS).
INTRODUÇÃO
A perspectiva de inclusão voltada para as pessoas com deficiência, inicia seus primeiros passos, de forma significativa, por volta da década de 80 do século
XX, com a Declaração de Cuenca, cujo tema foi o direito à educação; à participação e à plena igualdade de oportunidades para a pessoa com deficiência,
1
Concluinte de Pedagogia – Centro de Educação – UFPE. daniellecaruline@gmail.com
Concluinte de Pedagogia – Centro de Educação – UFPE. Eurides.melo@bol.com.br