As faces da violência no trabalho
A Violência Psicológica no Trabalho ou Assédio Moral tem sido bastante comentado na sociedade, recentemente. Longe de ser um modismo, é, acima de tudo, uma perversidade direcionada contra um indivíduo praticada por um ofensor (assediador) ou grupo de pessoas (mobizantes) com o escopo de destrui-lo psicologicamente até que o assediado (ofendido) perca sua total identidade como pessoa e se transforme num "mulambo humano".
Chamado, também, de Terrorismo Psicológico, o Assédio Moral no Trabalho é definido como "qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude.) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho".[1]
Como o Assédio Moral é uma conduta abusiva ou conjunto de ações aterrorizantes de difícil comprovação, complexas, que não deixa marcas visíveis, a priori, o problema se torna mais aflitivo para a vítima. Primeiro, por ela (a vítima) estar sendo corroída na sua alma com a agressão ou agressões que lhes são impostas e não ter condições de materializar a própria prova do assédio moral e os danos advindos a sua saúde física e mental decorrentes do terrorismo moral (um tormento que se torna terrível em função do sofrimento da vítima em ser agredida moral e psicologicamente e não ter como provar, objetivamente).
Segundo, o descrédito e a desconfiança que são depositadas na vítima, que se diz torturada psicologicamente que fica à mercê da boa-fé ou má-fé das pessoas que a cercam no cotidiano (incluindo os agressores, os médicos do trabalho, os psiquiatras, os psicólogos, os advogados, os gerentes de RH, os amigos e a própria família da vítima). Todo esse quadro, de certo modo, facilita a vida do assediador e martiriza o cotidiano do assediado.
Diante dessa perspectiva, o Assédio Moral no Trabalho poderia, também, ser chamado de