As faces da violência no brasil
Muito se tem discutido acerca da violência que aflige a sociedade brasileira de um modo geral. Antes vista como característica dos grandes conglomerados urbanos, hoje ela se faz presente no cotidiano de cada cidadão e se manifesta de diversas formas, desde a física até a moral. Todavia, a sociedade tem encontrado vários entraves no caminho rumo à solução deste panorama, barreiras estas impostas por um modo de pensar determinista e, muitas vezes, preconceituoso.
De fato, muitos acreditam ser a violência fruto da profunda desigualdade social de nosso país e baseiam seu pensamento em um sofisma simplista, afirmando que o pobre pratica a violência por ser privado do atendimento de suas necessidades mais básicas. Nesse sentido, eles desculpam grande parte da sociedade pelo problema e partem de uma premissa, que, se verdadeira, faria de todos os miseráveis brasileiros pessoas violentas em potencial. Atrelar a problemática da violência ao estado de pobreza e miséria é dizer que ela é característica de uma única fatia da população e negar seu cunho cultural tão profundo.
Verdade é que a violência é tão presente em nosso dia-a-dia que já não apresenta uma face definida, e já não somos capaz de identificá-la tão facilmente. A mídia tem contribuído, nesse sentido, com sua banalização, visto que divulga produções artísticas em geral, nas quais o “bem” vence o “mau” por meio de batalha física. Vence quem for mais forte fisicamente, aquele que melhor saiba utilizar a força como forma de alcançar a vitória. Deste modo, passamos a ver a violência como forma de resolver conflitos, mesmo que o façamos inconscientemente, e passamos a ignorar a importância do diálogo e do debate civilizado.
Pode-se, portanto, afirmar que a solução do problema não é de fácil alcance, visto que envolve questões ideológicas e culturais muito arraigadas no pensamento da sociedade. Contudo, uma medida eficiente seria a aplicação de penas mais rígidas para quem fizesse