Lesão maxilofacial em pacientes do Hospital São Vicente de Paulo
João Matheus Scherbauns, Eidt1, Ferdinando De Conto1,2, Manoela Moura De Bortoli3, Janessa Luiza Engelmann1, Franciele Dalamaria Rocha1
1 Escola de Odontologia da Universidade de Passo Fundo, Passo Fundo, Brasil.
2 Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital São Vicente de Paulo, Passo Fundo, Brasil.
3 Departamento de Cirurgia Oral e Maxilofacial, Hospital Oswaldo Cruz, Recife, PE, Brasil.
Resumo
Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar a ocorrência, o tipo e gravidade em pacientes com lesões corporais associadas a trauma facial do Hospital de São Vicente de Paulo (HSVP, da cidade de Passo Fundo- Rio Grande do Sul, Brasil).
Material e Métodos: O estudo analisou o registro múltiplos de 1385 paciente que foram tratados no departamento de Cirurgia Oral e Maxilofacial do HSVP no período de 1991 a 2010.
Resultados: De acordo com os resultados desse estudo observamos que 35% das fraturas faciais estão associadas a lesões corporais. Foram registrados um maior número de incidência de fratura de face na população masculina (82.6% com idade entre 20 e 39 anos). O principal fator etiológico para esta associação foi acidente automobilístico, quedas e assaltos a maioria das fraturas ocorreram na mandíbula, e a principal lesão corporal encontrada foi o desgaste em alguma região do corpo, no entanto quando consideramos fraturas no rosto a principal lesão associada foi o trauma crânio encefálico.
Conclusões: Lesões concomitantes em outras áreas do rosto devem ser esperadas antes de mais nada depois de mecanismos de traumas de alta velocidade associados com fraturas faciais graves. O resultado mostra a importância da colaboração de múltiplos profissionais no diagnóstico e sequência do tratamento em quem tem sofrido fratura facial.
Palavras chaves: lesões maxilofaciais; traumatologia; múltiplos traumas; epidemiologia.