as cruzadas
No século VII surgiu no Oriente Médio uma religião também monoteísta que conquistaria muitos adeptos com o passar do século. O Islamismo foi difundido através do profeta Maomé e o seu crescimento criaria grandes embates com o cristianismo. No final do século XI, a religião já havia se tornado grande o suficiente para clamar por seus lugares sagrados, que, no entanto, eram coincidentes com os lugares sagrados dos cristãos. A cidade de Jerusalém é o principal local sagrado para essas duas religiões monoteístas e também para o judaísmo. A ocupação da cidade e das regiões próximas que compõem a chamada Terra Santa foi motivo de muitos conflitos entre essas religiões na Idade Média e ainda é uma das causas da instabilidade no Oriente Médio.
O termo Cruzada não era conhecido na época em que ocorreram. Só foi assim nomeado porque seus participantes se consideravam soldados de Cristo e se distinguiam pela cruz em suas roupas. Na época em que ocorreram, eram chamadas de peregrinação ou de guerra santa pelos europeus. No Oriente Médio, contudo, eram chamadas de invasões francas, em função da maioria dos cruzados serem provenientes do Império Carolíngio e de se autodenominarem francos.
O entorno do ano 1000 viu o significativo crescimento das peregrinações de cristãos a Jerusalém, pois eles acreditavam que o fim do mundo estava próximo e, por isso, faziam sacrifícios e buscavam as terras sagradas para evitar a eternidade no inferno. O mundo não acabou e os muçulmanos ocuparam cada vez mais a Terra Santa, criando grandes impedimentos para o trânsito de cristãos. A situação se agravou no decorrer do século XI e irritou os cristãos, que se reuniram para a primeira expedição militar que os levaria à Terra Santa para tentar expulsar os muçulmanos da região e devolvê-la aos cristãos. Entre os anos 1096 e 1270, muitas expedições foram organizadas