As cruzadas
“A todos aqueles que partirem para as Cruzadas e perecerem no caminho, seja por terra, seja por mar, ou que perderem a vida combatendo os pagãos, será concedida a remissão de seus pecados.”
(Frase do Papa Urbano II usado para incentivar as pessoas a irem às Cruzadas)
As Cruzadas foram expedições guerreiras de inspiração cristã organizada pela nobreza sob o comando da Igreja Católica – na época o Papa Urbano II - que partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa, a cidade de Jerusalém, e outras regiões da Palestina, onde Jesus Cristo nascera, pregara e morrera, com o objetivo de conquistar, ocupar e mantê-las, sob o domínio cristão, dos mulçumanos.
1.2 AS CAUSAS DAS CRUZADAS
Em 638 d.C. os árabes, de fé islâmica, tomaram a Palestina, inclusive Jerusalém. Durante séculos aquela ocupação não chegou a criar problemas para os cristãos, pois os árabes respeitam a religião cristã e, portanto, as peregrinações seriam permitidas. Em 1071 a Terra Santa foi tomada pelos turcos otomanos, também muçulmanos, mas intolerantes para os cristãos, então passaram a criar todo o tipo de dificuldades para os peregrinos. A população da Europa Medieval possuía mentalidade profundamente religiosa, vivia apegada a superstições e profecias que prenunciavam o fim do mundo. Eles acreditavam que os problemas que estavam acontecendo eram causados pela ocupação do túmulo de Cristo (o Santo Sepulcro na Terra Santa, ou Jerusalém) pelos mulçumanos. Em sua mentalidade, a solução para seus problemas era acabar com o poder islâmico sobre a região. Em 1095, Urbano II, em oposição ao impedimento pelos turcos, convocou um grande número de fiéis para lutarem pela causa. Muitos camponeses foram a combate pela promessa de que receberiam reconhecimento espiritual, conquistar um lugar no paraíso e recompensas da Igreja. Os cavaleiros que, a partir de 1095, atenderam ao chamado do Papa para fazerem parte dessa expedição à