As classes sociais de roma
A sociedade romana, nos primeiros séculos, era constituída por classes sociais bem definidas, separadas num sistema hierárquico determinado pelo nascimento, fortuna e domicílio da pessoa. Assim, o povo que habitava a pequena aldeia de Roma era dividido nas seguintes categorias sociais: patrícios, plebeus, clientes e escravos.
Os patrícios
Pertenciam à categoria dos patrícios os descendentes das antigas famílias fundadoras de Roma, pessoas que por primeiro haviam-se estabelecido no local. Eram também conhecidos como quintes. Descendendo de antepassados divinos, tinham seus próprios deuses e eram agrupados em gens. "Os membros dos geris eram conhecidos por gentiles e o conjunto destes formava as gentes, ou seja, todo o patriciado, que era a classe dominante." Os patrícios julgavam-se descendentes de Rómulo. Cada família patrícia era indivisível e perpetuava-se através de seus membros. Seu chefe era o pater familiae, que exercia amplos poderes, de vida ou morte, sobre os demais. Todos lhe eram subordinados. Os pater familiae atuavam como um rei, sacerdote e juiz no âmbito familiar, decidindo sobre o destino de seus membros. Somente os patrícios tinham direitos, pois eram os únicos que tinham o status civitatis, qualidade que lhes conferia o título de cidadãos romanos. Era considerado um cidadão aquele indivíduo que pudesse cultuar os deuses da cidade e os antepassados da família, jurando-lhes respeito, obediência e veneração - ou seja, os membros da classe patrícia. Como cidadãos romanos, os patrícios podiam votar e ser votados, servir nas legiões romanas (com direito ao saque, após as vitórias), ser proprietários, ter um patrimônio e tornar-se titulares de direitos. Os patrícios constituíam uma "nobreza de sangue, herdeira, com seus privilégios políticos e religiosos, seus emblemas e seus hábitos,