FICHAMENTO "A CIDADE ANTIGA" - Livros IV e V
AS REVOLUÇÕES
Capítulo I – Patrícios e clientes
A cidade antiga, como toda sociedade humana, apresentava classes, distinções e desigualdades. Em Atenas, houve a distinção inicial entre eupátridas e tetas; em Esparta, a classe dos iguais e a dos inferiores; em Roma, entre patrícios e plebeus.
Antes da formação da cidade, a família já continha em si essa distinção de classes. O primeiro indício de desigualdade na constituição íntima do seio familiar é o privilégio do primogênito para assumir a autoridade após o pai. Havia também a classe dos clientes e tetas, sempre submetidos ao poder do chefe supremo da família. A distinção entre essas duas classes de homens é nítida. Enquanto os inferiores diretos do pater tem um direito eventual dos bens por meio da sucessão hereditária, o cliente jamais poderá vir a ser proprietário. Na religião, só o descendente de um pater pode realizar as cerimônias do culto; o cliente só as assiste. Se a família vier a extinguir-se, os clientes não continuarão o culto, mas vão se dispersar, porque a religião também não lhe pertence.
A cidade, nos seus primeiros tempos, nada mais foi do que uma reunião dos chefes de família. A assembleia que deliberava sobre os interesses gerais da cidade compunha-se apenas, nos tempos antigos, de chefes de famílias, de patres. Quando se tratava de guerra, cada um desses chefes se reunia ao redor do rei com os seus e formavam o exército da cidade.
Capítulo II – Os plebeus
A plebe, classe da população colocada abaixo dos próprios clientes, era a classe mais numerosa em Roma. Ela não fazia parte do chamado povo romano. Acredita-se que era composta, em grande parte, de antigas populações conquistadas e subjugadas.
Os plebeus eram censurados pelos patrícios pelo fato de não terem religião e nem mesmo família. Os homens que eram excluídos da família e colocados à margem do culto também caiam nessa classe. Logo, a existência da plebe era consequência necessária da natureza exclusiva da