As circunstâncias da criação da Extensão Rural no Brasil
Há homens ativos na sociedade que empregam sua energia em nome de uma concepção , buscando concretizá-la em cada momento. Em nome dela, mais constroem do que se aproveitam das circunstâncias. Por vezes, parecem afrontar as circunstâncias. Há, também, aqueles que só são realizadores quando as circunstâncias lhes favorecem.
Estimulado por aquilo que aqueles autores revelaram, outros tantos foram consultados, visando a confirmar informações, ampliar o quadro de referência e ilustrar pontos poucos explorados.
Em todos os países adotantes de extensão rural, a influencia norte-americana quanto à filosofia, princípios, métodos e meios de comunicação foi marcante.
Na história da Extensão Rural no Brasil, 1948 significa o resultado das conversações e convênios realizados entre Brasil e Estados Unidos que culminaram na implantação do Programa Piloto de Santa Rita do Passa Quatro, no estado de São Paulo, e na fundação Acar-Minas Gerais, através do mensageiro especial da missão americana no Brasil, o sr Nelson Rockefeller.
Em termos conceituais, a prática filantrópica dos magnatas americanos constitui a ruptura do modelo ‘individualismo democrático tradicional’ para adentrar no ‘individualismo da ordem econômica’.
Durante a Segunda Grande Guerra, a difusão do nazismo e fascismo na América Latina constituíam preocupação central do Departamento de Estado dos EUA. Sete de seus países – com ênfase especial para a Argentina – evitavam declarar guerra às potencias do Eixo. Dos vinte países latino-americanos, apenas dois tinham mandado tropas para o front. O departamento de Estado Americano (incluindo Nelson Rockefeller, um de seus assistentes) pressionava por uma frente mais unida no Hemisfério contra o nazismo, ameaçando não admitir como fundadores da ONU, os países que não declarassem guerra à Alemanha e Japão, antes de 1º de fevereiro de 1945.
A missão chefiada por Nelson Rockefeller à América Latina, em 1969, foi