“Relações entre a arquitetura e o desenvolvimento cultural do brasil entre os séculos xvi e xix: a influência portuguesa, as técnicas construtivas e a economia”.
A cidade colonial - evolução urbana no Brasil
No Brasil colônia durante os primeiros cinqüenta anos, as pessoas que aqui chegavam iam realizando uma arquitetura rudimentar. Os portugueses imigravam para o Brasil com a intenção de explorá-lo, encontrando aqui uma população pobre e de baixo nível cultural.
Após a segunda metade do século XVII, por ordem da coroa, passa a se reunir a “população dispersa pelos campos”, para formação de novas vilas, como forma de controlá-la, assim sendo, houve uma má distribuição da população que se dispersou pelos campos.
As cidades, a partir daí, passam a ser formadas com um certo interesse econômico, podendo então contar com a assistência técnica de mestres construtores, engenheiros militares ou arquitetos.
No final do séc. XVII foram formadas escolas militares, com aulas de arquitetura e engenharia. As construções passam a ter características novas. A construção principal da cidade era a igreja, todas as outras construções eram distribuídas em torno dela, casinhas de duas águas, simples, perto uma das outras.
As casas coloniais são bem parecidas, só se diferenciam pelos materiais locais, alternando-se assim as técnicas, como adobe ou taipa, etc. Surgem enfim as praças secas com edifícios públicos ao redor, as ruas como referencial de passagem e as casas construídas sob alinhamento do terreno, formando uma superfície contínua com no máximo três pavimentos, sendo muitas vezes no térreo comércio e os demais pavimentos moradia. As fachadas compostas por cheios e poucos vazios (cheios sobre vazios), as paredes brancas caiadas transmitiam tranqüilidade. A cobertura em telha cerâmica na maioria com duas águas. Apenas as construções mais importantes eram com quatro águas. Com o século XVIII os cheios diminuíam e os vazios vão se destacando aos poucos. Os arcos