As cidades de Garnier e Le Corbusier
HISTAUPIII
A Cidade Industrial de Tony Garnier
A cidade industrial de Tony Garnier foi criada em 1901 e exposta em 1904, esse projeto de planejamento urbano era a planificação do que deveria ser uma cidade moderna. Segundo Nikolaus Pevsner, em seu livro Os pioneiros do desenho moderno, Garnier ia contra o academismo, acreditava que os cálculos e a técnica construtiva com novos tipos de materiais levariam à arquitetura verdadeiramente bela. Para ele a arquitetura antiga era um erro, as novas construções deveriam ser projetadas para parecem atuais.
O plano linear de Garnier separava as zonas: existiria o agrupamento racional da indústria, da administração e das residências, além da exclusão dos pátios internos e estreitos, criando uma quantidade suficiente de espaços verdes na cidade. Além dessas características no planejamento urbano, havia também o uso do novo material, o concreto armado, que era a potencialidade estética do século XX.
Em O Urbanismo, de Françoise Choay, Tony Garnier é classificado como integrante do urbanismo progressista. O autor especifica a cidade de Garnier através da análise e separação das funções urbanas, exaltação dos espaços verdes, que são isolantes, e utilização dos materiais novos, como o concreto armado, do mesmo modo que Nikolaus Pevsner.
Muitas obras de Garnier foram realizadas através de sua união com o então prefeito de Lyon, na França, Edouard Herriot, que o nomeou como arquiteto-chefe da cidade. Depois de criada essa parceria Garnier realizou algumas obras, como o Matadouro de Mouche (1909 – 1013), o Estádio Olímpico (1913 – 1916), o Hospital de Grange Blanche (1915 – 1930) e o Bairro Residencial “Estados Unidos”, que era sem pátios internos e a aplicação do verde acabou dispersando o habitat coletivo nesse bairro.
Para o estudo da cidade industrial foi escolhida a região Sudeste da França. Essa área foi determinada depois de concluído que ela era bem localizada e teria suas