AS CAMADAS POPULARES NOS LIVROS DE HISTÓRIA DO BRASIL
• POR QUE ESTUDAR A PARTICIPAÇÃO POPULAR NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA?
É necessário estudar a participação popular nos livros de história, devido a tendência progressiva de se tentar resgatar a participação popular na história brasileira, que fora ofuscada pela história elitista e ainda esbarra na apatia das massas, desestimuladas pela repressão das classes dominantes buscando as vezes a identidade em heróis populares, com ênfase as resistências populares à dominação das classes dominantes, as vezes fora da realidade.
A História é imparcial, ainda que o realce dado à uma classe social, seja dominante ou dominada, possa enfatizar um aspecto histórico, não se deve focar apenas no aspecto elitista que suprime o povo da História, nem nos excessos da diversidade e contradição das camadas populares.
A importância do estudo da participação da história brasileira, onde se precisa buscar a maior aproximação possível do real, não redutível a um dos polos, seja dominado ou dominante.
O Papel da Transformação Social, o segundo Foco, através estudo desta participação, visando um conteúdo ideal, onde o aluno possa entender a participação popular no passado, estando mais apto a atuar criticamente, sem heroizações, nem auto depreciações da transformação social.
• O Eurocentrismo
A Europa como centro – mais particularmente os grupos dominantes europeus – é uma característica comum a quase todos os livros didáticos de história do Brasil. A história indígena antes de 150 simplesmente não existe e esses livros dedicam no máximo algumas páginas ou linhas aos índios. Mesmo assim esses índios são vistos mais do ponto de vista folclórico , mais pela “contribuição “ que teriam dado para a formação da sociedade brasileira , do que como povos com valor em si. Outra expressão que revela bastante o forte eurocentrismo que permeia esses livros é o “descobrimento do Brasil”, cuja utilização nega a existência de sociedades