Artigo: A identidade como grupo, o grupo como identidade
Artigo: A identidade como grupo, o grupo como identidade.
Através da análise de alguns autores em relação ao fenômeno grupal, sua formação, seu funcionamento e a sua relação com o trabalho é possível perceber que o vínculo entre o homem e as organizações não se dá somente por laços materiais e morais, mas principalmente por fatores inconscientes.
Segundo Freud (1921-1996), analisar um indivíduo isoladamente é algo praticamente impossível, pois de alguma maneira, em algum momento, esse indivíduo se inter-relaciona e sofre influência de outras pessoas que estão à sua volta.
Algumas contribuições para o entendimento do fenômeno grupal
O ser humano se relaciona desde o seu nascimento. Mezan (1982) observa que a separação entre a identidade individual e a do grupo não deixa de ser algo superficial já que a mente do ser humano vai se constituindo e se povoando a partir de outros humanos.
O grupo é a base para que o indivíduo desenvolva os seus valores, se torne consciente das regras, de suas condutas e das suas necessidades. Conforme Zimerman (1993), o sujeito constrói sua identidade individual e grupal através de um processo contínuo de intersubjetividades que se transformam em elementos socioculturais.
Existem diversos tipos de grupos com diferentes características cada um e que também podem se tornar pequenos subgrupos dentro de um grupo maior dependendo dos tipos de relação, organização e forma.
Para Freud, os fenômenos grupais são determinados por relações libidinais que não devem ser confundidas com relações sexuais já que quando afirma isso, Freud tenta demostrar justamente o contrário, ou seja, a libido como energia sexual, pode sofrer inibição, desviando as suas finalidades e fazendo com que haja amizades dessexuadas permitindo assim a existência do grupo. De acordo com Laplanche & Pontalis, (1983), a personalidade de uma pessoa constitui-se e diferencia-se por uma série de identificações. Nesse contexto, percebe-se que a existência do