DÍZIMO BÍBLICO
ENTENDENDO O DÍZIMO
A Bíblia fala de dois casos ocorridos antes de entrar em vigor o pacto da Lei, em que uma décima parte de bens foi paga a Deus ou ao seu representante. O primeiro deles foi Abraão que deu a Melquisedeque um décimo dos despojos da sua vitória sobre Quedorlaomer e os aliados deste. ( Gn 14;18-20) O segundo caso diz respeito a Jacó, que em Betel fez um voto de dar a Deus um décimo dos seus recursos. Gn 28:20-22 Na acepção da palavra, representa a décima parte de alguma coisa, ou de algum valor, quando nos referimos a valores, no entanto, o dízimo representa uma parcela de alguma propriedade, que é destinada a alguém, geralmente na forma de um tributo. Em sua forma mais básica, o dízimo é uma renda atribuída ao dono da terra, paga por aqueles que a explora para seu proveito. Entendido dessa forma, pode verificar que o costume do dízimo era quase universal no mundo antigo. Quando Abraão usou esse método de dizimar Melquisedeque, não era nada inédito ou estranho para a época, pode ser encontrada essa prática de dizimar na Babilônia, na Pérsia, na Arábia, no Egito, na Grécia, em Roma, e até mesmo na China, variando bastante de uma cultura para outra, podendo ser voluntários ou obrigatórios, regulares ou esporádicos.
No Egito, os dízimos eram entregues ao Faraó, que na qualidade de filho dos deuses, era considerado o verdadeiro dono de todas as terras. A Bíblia nos fala que, na verdade, o valor desse dízimo era de 20%. ( Gn 47:24 ) onde nos relata que José compra as terras para o rei e ordena que do que colherem, dêem a quinta parte ao rei.
A concepção de que a terra como um todo pertence aos deuses é comum a muitas dessas culturas antigas, de modo que o conceito do dízimo das primícias como uma renda da terra aos deuses