A CASA DO TESOURO Malaquias 3
Demóstenes Neves da Silva
Prof. SALT/IAENE
Na discussão do texto de Malaquias 3:8-10 levanta-se a questão se este possui uma ênfase congregacional ou aplica-se a uma instituição mais ampla. Se está se referindo a cada igreja local ou é uma provisão para um sistema unificado. Para o leitor adventista do sétimo dia é importante saber qual das duas propostas anteriores está mais próxima do contexto da passagem bíblica em questão. Também é importante, e por isso será consultado, o pensamento sobre o assunto de um dos mais célebres e influentes membros do grupo de pioneiros do Movimento Adventista e posteriormente co-fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen G. White.
Neste breve trabalho pretende-se demonstrar qual idéia encontra-se por trás da expressão “casa do tesouro” 1 tanto no Antigo Testamento (AT) como também qual a aplicação da frase nos escritos deixados por Ellen G. White. Para tanto analisaremos três aspectos que consideramos ligados à expressão “casa do tesouro”. O primeiro deles é o conceito de organização religiosa que está por traz dessa expressão; o segundo é a definição de quem custodiava e administrava o tesouro da casa e, finalmente, o terceiro, como se aplicava esse tesouro.
Aceitando-se que o dízimo e as ofertas, como naqueles tempos, devam ser devolvidas pelo adorador à igreja hoje, conforme Malaquias 3:10, 2 e, considerando o seu contexto e o do pensamento pioneiro de Ellen G. White, este artigo pretende demonstrar, onde devem finalmente ser custodiados, quem deve administrar e em que devem ser aplicados os dízimos e as ofertas.
O conceito de organização Em Israel
O ministério de Malaquias está localizado por volta do ano 432-424 AC. Seu livro descreve os problemas de infidelidade entre os israelitas para com os serviços da casa de Deus. Contemporâneo de Neemias (444 AC), e tendo desenvolvido seu ministério durante ou imediatamente após este, Malaquias