Recensão crítica “Património Cultural, Memória Social e Identidade: uma abordagem antropológica”
Recensão Crítica do Artigo de Donizete Rodrigues (2012), “Património Cultural, Memória Social e Identidade: uma abordagem antropológica” (UBImuseum n.01 – Revista Online do Museu de Lanifícios da Universidade da Beira Interior)
O presente artigo, de Donizete Rodrigues, tem como objetivo o estudo referente à significação dos seguintes termos: memória social, património cultural, identidade e globalização. Sendo esta uma abordagem antropológica. De acordo com o método de escrita do autor, o texto ficou claro e com uma ótima organização, pois a divisão do texto em subtítulos é notável. O primeiro tema abordado, relativo à globalização e às identidades (“Globalização e Identidades”) mostra-nos que existe uma relação entre ambos. Visto que a globalização consiste numa produção e circulação ativa de produtos em diferenciados lugares é inevitável que se produza multiculturalismo e novas identidades. Falarmos em identidade remete-nos para um sentimento de pertença a um determinado grupo cultural, étnico ou religioso. No entanto, esta identidade não é estável por ser fruto de processos que cada indivíduo vive no seu quotidiano, afirmação que o autor fez, citando Cruz (1993), Santos (1993) e Moalouf (1998), no segundo momento do artigo “ O Proceso de Construção Identitária”. Neste mesmo “processo”, a religião é um fator que mobiliza a memória coletiva e constrói socialmente uma realidade, na qual as pessoas refletem o universo no qual vivem. No subtítulo “Património Cultural”, o autor refere, com grande convicção, que o património é um dos principais elementos na construção de uma identidade social, tornando-se assim, na materialização da mesma. Esta materialização dá-se devido ao conjunto de bens materiais e imateriais que fazem recordar um passado, ou seja, os acontecimentos mais importantes ficam na memória social. E portanto, o património é a herança cultural desse mesmo passado que se deve