Artigo sobre o sufrágio feminino
A luta pelo voto feminino no Brasil iniciou-se em 1910, quando a professora Deolinda Daltro fundou, no Rio de Janeiro, o Partido Republicado Feminino. Porém, manifestações mais contundentes só ocorreram em 1919, quando a bióloga Bertha Lutz fundou a Liga pela Emancipação Intelectual da Mulher. Há nos registros históricos brasileiros que uma mulher conseguiu o alistamento eleitoral logo após a proclamação da República, a Potiguar Celina Guimaraes Viana.
A luta mundial dos movimentos feministas inclui em seus registros o nome da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Em 1927, no Rio Grande do Norte, o candidato ao governo daquele Estado, Juvenal Lamartine, incluiu em sua plataforma a luta pelo voto feminino. Quando foi elaborada a lei eleitoral do Rio Grande do Norte daquele ano, Juvenal solicitou ao então governador, José Augusto Bezerra, que incluísse a emenda que permitia que todos os cidadãos que reunissem as condições exigidas, sem distinção de sexo, poderiam votar e ser votados. A Lei n° 660 foi aprovada no dia 25 de outubro de 1927. Na ocasião, uma mulher conseguiu o alistamento eleitoral invocando a legislação imperial, a Lei Saraiva, promulgada em 1881, que determinava direito de voto a qualquer cidadão que tivesse uma renda