psicologia estudantil
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
A história da luta pelo direito de voto das mulheres teve seus primeiros capítulos escritos ao lado da luta pelo fim da escravidão nos Estados Unidos. Ela foi iniciada ainda no século XIX, com a participação das mulheres norte-americanas nas campanhas pela abolição da escravatura, destacando-se a atuação de Susan Brownell Anthony e Elizabeth Cady Stanton. Inicialmente, a idéia era que ao lado da emenda que abolisse a escravidão também fosse aprovada uma emenda que desse direito de voto às mulheres. Mas não foi assim que aconteceu. O Congresso aprovou apenas a emenda nº 13, extinguindo a escravidão nos Estados Unidos.
Em 1870, foi aprovada a emenda constitucional nº 15, garantindo o direito de voto aos homens de qualquer raça, cor e condição social, deixando-se de fora, porém, a mulher. Uma nova batalha foi então iniciada com a apresentação no Congresso de uma emenda pelo voto feminino, que ao final levou o nome de Susan Anthony, sua idealizadora.
Em razão da autonomia legislativa que a Constituição delega aos estados membros da união norte-americana, em 1869, o então território do Wyoming foi o primeiro a conferir direito de voto às mulheres. Interessante destacar que, em 1980, quando Wyoming tornou-se Estado, a União insistiu que o esse direito fosse abolido, mas o Congresso local respondeu que “preferia retardar de 100 anos a sua entrada para a União a sacrificar os direitos políticos da mulher.”
O primeiro país do mundo a conceder o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia, no ano de 1893 e, na América Latina, foi o Equador, em 1929.
No Brasil, o movimento pelo voto feminino partiu de um homem, o constituinte, médico e intelectual baiano César Zama. Ele defendeu o sufrágio universal na sessão de 30 de setembro de 1890, durante os trabalhos de elaboração da primeira Constituição republicana, a fim de que as mulheres