Artigo sobre a obra Pedagogia do Oprimido
A “Pedagogia do oprimido” mostra a busca e o empenho dos homens por uma libertação. Essa luta só tem sentido quando os oprimidos buscarem recuperar sua humildade e libertar-se dos opressores. Em um primeiro momento do descobrimento os oprimidos tendem a ser opressores, o que dificulta uma práxis libertadora, por terem uma visão individualista. A liberdade é uma busca permanente. É uma conquista que exige força, responsabilidade e espírito de luta. Libertar-se de sua força exige, a imersão dela, à volta sobre ela. É essencial que a práxis seja autêntica para que exista a ação e reflexão sobre o mundo para transformá-lo. Para que haja o oprimido é necessário que exista o opressor. Os opressores têm uma ânsia de posse onde o poder de compra transforma tudo em sua volta, possuem uma concepção materialista de existência. Os oprimidos são considerados como coisas. Os oprimidos dificilmente lutam, aceitam tudo o que lhe é imposto, são dependentes emocionais. A mudança só pode acontecer através da Educação Libertadora. O homem deve conhecer todo o mundo em sua volta, assim a antropologia deveria fazer parte integrante do contexto da educação de jovens e adultos. Alfabetizar é conscientizar, o educando deve refletir suas próprias palavras desta forma cria-se a cultura. O “medo da liberdade”, não significa que o poder do diálogo possa trazer desordem, o que o homem tem medo é de enfrentar novas situações, transformações, isso faz com que o mesmo se acomode. É necessário que a ação política junto aos oprimidos se faça pela reflexão. Para que haja uma transformação faz-se necessário que o indivíduo (oprimido) tenha em mente sua responsabilidade só assim será liberto para criar, construir. A concepção bancária de educação como instrumento da opressão. A educação bancária tem como denominador o processo do depositante do saber (educador) e depositário do mesmo (educandos