PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
1.1 A pedagogia por um ponto de vista Freiriano
“Há quem tenha medo que o medo acabe.” Mia Couto. A pedagogia do Oprimido Paulo Freire versa sobre a importância de entender a opressão que há em nossa sociedade e traz a tona o quanto é necessário quebrar o vínculo Opressor/Oprimido para que haja a libertação. Romper com essa relação de dependência através de uma educação libertadora é o proposto em sua obra. Freire nos traz a tona os reflexos de uma educação opressora, aquela que faz com que o oprimido não perceba a condição, mas que se conforme com ela. Devemos perceber a importância de desmitificar essa dependência enquanto educador e relacionar com que temos na atualidade.
Necessário desmitificar a educação opressora e suas consequências e propor uma educação libertária. Fazer uma analise do passado para diagnosticar problemas do período em que a educação bancária, que é o acumulo de conhecimento sem a devida reflexão, foi à única forma de ensinar. Depois de vinte anos de redemocratização, percebemos que os reflexos da ditadura militar ainda permeiam o modo de ensinar dos nossos professores. Se as matérias como História e Filosofia, por exemplo, podem ter uma função que não só de transmitir o conhecimento padrão, aquele contato normalmente por instituições e pelos “vencedores”, devemos optar por esclarecer qual é o outro lado da história, aquela que se faz pela resistência ao opressor. Nesse sentido, sabendo a importância da aplicação da pedagogia libertária de Freire, se propõem uma reflexão e um diagnóstico do sistema atual. Educar para liberdade é trazer temas pertinentes e contextualizá-los com a História. Porque sem saber como chegamos até aqui, não há possibilidades de se modificar a realidade. Uma leitura criteriosa e fundamentada do seu tempo é necessária.
Se vislumbramos uma sociedade menos desigual e menos excludente, precisamos analisar os aspectos pertinentes que mantém esse sistema.
Uma educação verdadeiramente libertadora