Artigo Rodrigo Reformulado
Rodrigo Ribeiro dos Santos – Graduando em Psicologia - Faculdade Ciências da Vida
Norberto Marques Garrocho Junior – Graduando em Enfermagem - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Alberto Mesaque Martins – Doutorando em Psicologia - Centro de Pesquisas René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz
Celina Maria Modena – Pós-Doutorado em Saúde Coletiva - Centro de Pesquisas René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz
Resumo
Palavras Chave: Saúde do Adolescente; Gênero e Saúde; Políticas Públicas
Abstract
Keywords: Adolescent Health; Gender and Health; Public Policies
Introdução
Já nas últimas décadas do século XX observa-se um importante processo de mudança nos modos de se conceber e construir propostas de atuação junto à população infanto-juvenil brasileira (Ruzany, 2008). Desde o final da década de 1980 e início dos anos 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) destacava a necessidade de considerar os adolescentes como cidadãos de deveres e, também, de direitos sociais, retirando-os do âmbito estritamente assistencialista (Ruzany e Meirelles, 2009).
Com o reconhecimento da cidadania dos adolescentes percebe-se a necessidade da construção de políticas públicas e programas sociais específicos que façam valer os direitos sociais da população infanto-juvenil. Assim, as ações governamentais voltadas para crianças, adolescentes e jovens passam a buscar o reconhecimento desse público como sujeitos sociais e cidadãos de direitos, inclusive de políticas de saúde específicas (HORTA e SENNA, 2010).
Entretanto, a implementação de políticas, programas e ações em saúde voltada para a população infanto-juvenil ainda se configura como um grande desafio (Ruzani, 2008). Apesar dos esforços governamentais, estudos apontam para o distanciamento dos adolescentes dos serviços de saúde, em especial, aqueles situados no âmbito da Atenção Primária. Estudos também destacam a dificuldade