Artigo RAAD
Luanne Phâmella da Silva Henriques e Moreira1, Márcio Philip Pinto de Melo2
Resumo
Área degradada é aquela que, após o distúrbio, teve eliminado, juntamente com a vegetação, os seus meios de regeneração bióticos, como o banco de sementes, banco de plântulas, chuvas de sementes e rebrota, apresentando baixa capacidade de voltar ao seu estado anterior. Este artigo visa divulgar técnicas alternativas de restauração a baixos custos, que se fundamentam em processos sucessionais naturais, tendo como base o princípio da nucleação. A nucleação representa uma oportunidade de incorporar ao fluxo natural do meio ambiente, à prática da restauração ecológica que representa um espaço para a geração de fenômenos eventuais de revegetação e restauração da biodiversidade.
Palavras-chave: Recuperação, nucleação, custo.
1. INTRODUÇÃO
A recuperação de áreas degradadas é essencial para que o ecossistema volte a desempenhar suas funções, uma vez que o processo de eliminação das florestas resulta num conjunto de problemas ambientais, como a extinção de várias espécies da fauna e da flora, mudanças climáticas locais, erosão dos solos, eutrofização e assoreamento dos cursos de água (FERREIRA; DIAS, 2004). As ações de recuperação de áreas degradadas constituem, uma iniciativa fundamental para a reversão dos impactos causados. Na ocorrência de distúrbios, por exemplo, em áreas cuja cobertura vegetal tenha sido recentemente removida, o banco de sementes no solo exerce importante papel no restabelecimento da vegetação, juntamente com áreas florestadas circunvizinhas que são fundamentais para a recolonização, contribuindo para o aumento da diversidade taxonômica e genética.
As principais causas de degradação ambiental são as decorrentes das operações de mineração e de construções de hidroelétricas, rodovias e grandes obras de construção civil. Já, a degradação de solos agrícolas vem acontecendo de diferentes maneiras, sendo as principais causas