Artigo jornalistico
ISSN 1984-6576 – v. 2, n. 2 – outubro de 2010 – p. 68-81 – www.ueg.inhumas.com/revelli
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Os Parâmetros Curriculares Nacionais são diretrizes que norteiam os currículos e os conteúdos de Língua Portuguesa, distribuídos em dois eixos: (i) usos de linguagem e (ii) reflexão sobre a língua e a linguagem .
É no eixo “usos de linguagem” que os gêneros textuais entram como objeto de ensino-aprendizagem da língua materna para aproximar a prática escolar do uso real da língua em sociedade.
Como se sabe, são várias as críticas que se lançam contra o ensino tradicional da língua, que se restringe na maioria das vezes ao ensino da gramática normativa. Em vez de habilitar o aluno ao uso da língua nas diversas situações de comunicação, desenvolvendo nele a competência comunicativa, a escola obriga-o a decorar uma extensa terminologia vazia e um manual de regras totalmente descontextualizado, sem preocupação alguma com o uso efetivo da linguagem.
É pensando nesse contexto ultrapassado que o emprego dos gêneros ganha importância, afinal, o contato com os textos da vida cotidiana, como publicidades, textos de jornal, HQ, piadas, blog, anotações diversas, enfim, os mais variados formatos, estimula a capacidade de leitura e a construção de textos.
Como este artigo se propõe a trabalhar com um domínio específico, o jornalístico, cumpre especificar a partir de agora cada um dos gêneros que compõem esse domínio: os gêneros jornalísticos
Categorias e gêneros jornalísticos
Quando se fala que o contato com textos da vida cotidiana é um estímulo para as habilidades de leitura e produção textual, parte-se do pressuposto de que quanto maior o contato do aluno com os diferentes tipos de textos, oriundos dos diversos domínios discursivos (esportivo, literário, musical, jornalístico, científico, etc.), maior será sua capacidade de refletir sobre os mecanismos linguísticos e extralinguísticos que estão