Análise de técnicas argumentativas em artigos jornalísticos
ARTIGO ACADÊMICO: ANÁLISE DE TÉCNICAS ARGUMENTTIVAS EM ARTIGOS JORNALÍSTICOS
Disciplina: Comunicação e Expressão Professora: Maria Cristina Goes Alunos: Anderson Ferreira e Bruna Ramalho
Rio de Janeiro 2012
Introdução A ideia de que o alcance do sucesso em uma discussão está interligado à aceitação plena das ponderações subjetivas de um indivíduo por outro em posição de contra debatedor é equívoca, apesar de aparentemente maciça. O assentimento de determinada prática ou conceito por caráter compulsório é uma marca de oposição: impositor e suplantado. Alheio à oposição, o convencimento é estabelecido por bases argumentativas de adesão a uma tese, inicialmente avessa, como fruto de auto motivação. Nesse caso, não se estabelece, portanto, a imagem de um campeão sobre a de um derrotado. Em máximo estágio de argumentação bem sucedida e aceita, sagra-se a partilha de uma noção acerca do objeto passível a opiniões. Até mesmo como fator atenuante é conveniente a distinção entre vencer e convencer. A despeito de sua posição hierárquica muitos são os líderes empresariais que discorrem sobre sua maneira de guiar as ações de grupos inferiores – termo usado aqui com isenção de carga degradante, somente como marcador hierárquico – qualificando-a como igualitária em termos de argumentação e abertura a discussões fundamentadas. Nesses casos, a liderança se dá pelo convencimento e não pela imposição forçosa. Ao articulista é também essencial o domínio dos métodos de construção de argumento, visto que a suas críticas é imperioso um embasamento de sustentação. O presente trabalho tem por intuito, justamente verificar as técnicas argumentativas usuais nos textos de João Ubaldo Ribeiro, com base em quatro de seus textos publicados nos jornais O Estado de São Paulo e O Globo, no ano de 2011. Sob primeira e pouco sólida análise, João Ubaldo faz abundantemente o emprego de exemplos e de