Artigo de Opinião - Lucíola
Uma prostituta pode viver um caso de amor? Uma prostituta trabalha dessa forma por um motivo nobre? Uma prostituta pode ser feliz? É o que iremos descobrir...
“Lucíola” é um romance urbano que acontece no século XIX, se passa no Rio de Janeiro, na qual conta a história de Lúcia que virou uma prostituta pelo motivo de sua família ter pegado a doença da febre amarela e queria arrumar algum dinheiro para pagar o tratamento deles, após isso conhece um homem chamado Paulo e após um tempo acabam se apaixonando. Eles passam por inúmeras dificuldades para manter esse amor aceso, já que no início, Paulo não a respeita muito e após inúmeros problemas ela fica grávida e acaba abordando o bebê e recusa tomar um remédio que expeli o feto morto pelo motivo na qual ela quer que ela seja o túmulo de seu filho, acaba morrendo e amando Paulo por toda eternidade.
O livro tem vários pontos positivos, um deles é uma exaltação do amor que é tamanha que faz de uma prostituta em uma amante sincera e fiel:
"- o amor purifica e dá sempre um novo encanto ao prazer. Há' mulheres que amam toda a vida; e o seu coração, em vez de gastar-se e envelhecer, remoça como natureza quando volta a primavera."
"Tive força para sacrificar-lhes outrora o meu corpo virgem; hoje depois de cinco anos de infâmia, sinto que não teria a coragem de profanar a castidade de minha alma. Não sei o que sou, sei que começo a viver, que ressuscitei agora., disse Lúcia após sentir a afeição de Paulo."
Mas em alguns momentos esse amor é exacerbado e chega a ser patético, pois é uma obra de subjetivismo, ou seja, é tudo pelo ponto de vista do narrador(no causo o Paulo)e por isso conta o que ele quer:
"Eu te amei desde o momento em que te vi! Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições