ARTIGO DE OPINI O
João Marcos Alves da Silva <jzinholegal@hotmail.com>
O número de monitores no Bacharelado em Ciências e Tecnologia (BCT) é bem superior à demanda exigida pelos alunos, pois o BCT tem por característica turmas enormes e, quase sempre, menos da metade comparecem à monitoria. Logo os métodos adquiridos são falhos, e boa parte do dinheiro investido não está sendo útil.
O sistema atual de monitoria do BCT me faz lembrar o Fordismo (modelo de produção automobilística em massa, criado pelo americano Henry Ford), o que deveria ser semelhante ao
Taylorismo (idealização de produção, baseada em um método científico de organização do trabalho, criada por Frederick W. Taylor).
Segundo estatísticas do SIGAA, na turma do componente disciplinar: Matemática Básica de
2014.2, de um determinado professor, houve um índice de 57,1% de reprovação, e em uma turma, no mesmo período letivo, de Cálculo I, 45,7% dos alunos matriculados, reprovaram. Ou seja, um índice alto de reprovação em disciplinas de início de curso. Será que todos esses alunos que reprovaram, reprovaram por incompetência própria? Ou por falta de uma política de apoio ao discente efetiva?
No Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, os monitores possuem uma carga horária semanal de apenas 8 horas / semana, em média, e recebem remuneração de R$ 559, 50 / mês. Já no BCT, os monitores recebem R$ 400 e tem uma carga horária de 12 horas / semana.
No BCT o número de monitores é alto e a remuneração é menor que muitas universidades brasileiras, como a USP por exemplo.
É necessária uma diminuição do número de monitores e uma qualificação melhor dos selecionados, aumentando a remuneração mensal de cada monitor e tendo uma rigorosidade maior no processo seletivo. Assim os monitores terão mais estímulo, remuneração maior, e, os que forem selecionados, poderão ser efetivos para os discentes que os procurarem.
Não posso dizer que irá resolver todos os problemas do BCT