ARTIGO DE OPINI O
O ensino de Língua Portuguesa durante muitos anos esteve alicerçado no ensino da gramática prescritiva, detendo-se a conceitos e classificações, porém esse ensino nunca levou o aluno a um aprendizado rea,l em que ele pudesse fazer uso desse ensinamento para que desenvolvesse a habilidade comunicativa. Muitas propostas de ensino voltado para o texto surgem, mas no entanto, elas ficam apenas na teoria sem alcançar a prática pedagógica, que deveria priorizar a realidade social, informacional, e linguística. Os professores se queixam pois que, essas teorias não dão conta das necessidades dos alunos, e assim, preferem continuar um percurso que é bastante conhecido, o tradicional, a se apropriar de novas ideias e de um ensino visando o uso da língua.
O ensino deve estar ligado as variedades que coexistem, vinculadas à vida cultural e social das pessoas. O professor precisa saber articular o conhecimento gramatical que possui aos novo métodos de aprendizagem que contemplam o texto como objeto de ensino, conforme apontam os PCN's. O ensino de língua portuguesa, centrado apenas em normas gramaticais, se apresenta ineficaz para que o sujeito possa fazer o uso da língua em diversas situações. No entendimento da escola, o aluno só vai aprender a partir de seu ingresso na vida escolar, pois é nesse espaço que ele toma contato mais efetivo com o sistema da língua. Há um evidente descaso no ensino atual quanto, a linguagem do aluno, o seu falar, e suas experiências são desprezadas na sala de aula.
A escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito de todos. O problema é que as escolas trabalham esses saberes linguísticos de forma bem limitada, usando frases soltas para ensinar regras gramaticais, e os textos, quando são inseridos em suas atividades, servem apenas para o ensino da gramática, sem ser utilizado como o objeto principal, em que os elementos