Da Economia Agroexportadora Economia Industrial
Thaiza Regina Bahry
Bibliografia: GREMAUD, Amaury Patrick; VASCONCELLOS, Marco A S.; TONETO JÚNIOR, Rudinei. Economia Brasileira Contemporânea. 4a. ed. São Paulo : Atlas, 2002. cap. 13.
A economia brasileira até 1930 esteve baseada na produção e exportação de alguns poucos produtos primários. Era uma economia agroexportadora e de desenvolvimento voltado para fora. A depender dos produtos que eram exportados definiram-se os ciclos da economia – ciclo do açúcar, do café, etc.
O bom desempenho da economia dependia das condições do mercado internacional, sendo a variável chave no Império e na República Velha, o preço internacional do café, o qual o Brasil não controlava apesar de ser o maior ofertante. Essa falta de controle de variáveis chaves explica, em parte, a elevada vulnerabilidade de uma economia agroexportadora.
Nesse período, o setor exportador era o setor dinâmico da economia brasileira e possuía rentabilidade elevada, sendo que os outros setores eram de baixa produtividade. Essa é a base para a explicação da desigualdade na distribuição de renda desse modelo de desenvolvimento. Mas, obviamente, essa desigualdade também pode ser explicada pela estrutura fundiária concentrada, que pôde ser observada desde o início da colonização, e pela escravidão.
O principal problema do modelo de desenvolvimento voltado para fora era o descompasso entre a base produtiva e a estrutura de consumo dos países. Outro elemento de vulnerabilidade era que a pauta de exportação estava concentrada no café, sendo que os outros produtos que eram exportados também eram agrícolas. Já a pauta de importações era bastante diversificada, correspondente a praticamente toda a estrutura de consumo da economia.
No longo prazo houve importantes oscilações no preço do café. De 1851 a 1908 observaram-se três ciclos de preços. Essas oscilações deveram-se: às condições de demanda, isto é, os ciclos da economia mundial. Quando a economia