artigo de divulgação cientifica
O valor da ciência e da divulgação científica (*)
Rogério Parentoni Martins ()
Francisco Ângelo Coutinho (*) O conhecimento científico possui as qualidades, imperfeição e dúvida. Muito do que se acredita em uma época pode mostrar-se errôneo em outra e sobre muitos assuntos não há um consenso dentro da comunidade científica.
Outro aspecto importante da atividade científica é o de que a ciência não é panacéia a resolver todos os males da humanidade.
Ocorre, muitas vezes, o contrário. Os princípios, teóricos e tecnológicos, para a elaboração das armas nucleares foram criados por cientistas.
Muitos dos atuais cientistas trabalham para a indústria militar (que por cruel ironia produz emprego e riqueza em certas nações, que por conseqüência tem mais recursos para investir na atividade científica).
Seres humanos são usados como grupo controle - não recebem as pretensas drogas que curariam seus males - em casos de testes de medicamentos, como ocorreu em Tuskegee, Alabama.
A um grupo de pessoas foi prometido tratamento contra a sífilis mas, na realidade, era grupo que recebia água com açúcar (placebo). Isso, no mínimo, suscita importantes questões éticas.
Além disso, a C&T produziram talidomida, CFC (gás responsável por parte da destruição da camada de ozônio), substâncias desfolhantes (agente laranja), gases que atacam o sistema nervoso, poluição que pode arruinar o clima do planeta, extinção de espécies e armas biológicas.
Para encerrar esta longa lista de tragédias, lembremos ainda das crueldades impunes executadas por alguns médicos nazistas.
Estas imperfeições da prática científica, têm justificado, para alguns, o aumento da prorrogação de crença em superstições ou em explicações pseudocientíficas.
A lógica destes raciocínios seria: se a ciência nem sempre está correta e não é uma fonte de bens e riquezas morais, então o melhor a fazer é buscar uma "ciência alternativa".
Uma vez colocada em dúvida os conhecimentos