Artigo de divulgação cientifica
Exames de DNA hoje, não servem apenas para diagnosticar os riscos de desenvolver um câncer. Esses testes, já conseguem calcular a probabilidade de mais de duas mil doenças que surgem ao longo da vida. Foi o que aconteceu com a atriz Angelina Jolie. Na terça-feira, dia 14, ela anunciou que retirou as duas mamas, após fazer um exame desse tipo e apontar o risco de 87% de desenvolver um tumor.
As principais doenças que podem ser detectadas são os tumores de mama e próstata, até síndromes como a doença de Huntington (provoca perda dos movimentos) e o Alzheimer.
Porém, nem sempre saber que pode ficar doente, significa uma chance de evitá-lo. Como por exemplo, o mal de Alzheimer. Que não tem cura e é impossível de ser curada. Nesses casos não se aconselha a realização do teste. De acordo com o coordenador do Departamento de Aconselhamento Genético do Hospital Sírio-Libanês, Bernardo Garicochea, diz que o paciente que opta por pesquisar o DNA deve ter consciência das consequências. “Isso ocorre porque em muitos casos não há o que fazer com a informação. Só se identifica o risco e mais nada. Então para que saber?”
Garicochea ressalta que o teste é um grande avanço, mas deve ser bem usado. “Nos Estados Unidos, a recomendação oficial é só testar genes que podem dar um auxílio ao paciente. Aqui, funciona do mesmo jeito.”
Para identificar a probabilidade de desenvolver um câncer, os resultados são eficientes. Grande parte dos tumores de causa genética está mapeada. Nos laboratórios, detectar o câncer de mama é o mais popular.
De acordo com a patologista Kátia Leite, todas as pessoas podem herdar mutações genéticas dos pais, mas apenas as pessoas que têm histórico familiar devem pensar em fazer o teste. “A cirurgia preventiva também não é indicada para todos os pacientes, pelo contrário. Ela se sustenta quando o risco é muito alto, geralmente em casos de câncer de mama, ovário, tireóide”, diz a diretora do