Artigo de Divulgação Científica
Utilizando o vento para a produção de energia
Alexandre Baseggio1
A utilização da energia proveniente dos ventos pode ser uma ótima fonte de energia renovável, porém ainda é pouco explorada no Brasil. Entretanto, para que seja viável, deve-se ter uma velocidade mínima do vento para que gire os aerogeradores e produza energia.
A energia eólica é pouco explorada no território brasileiro, um país com extensa área e com um potencial alto para a produção da energia, sendo um desperdício desse combustível tão abundante como é o vento no vasto território brasileiro. Contudo, não são todos os locais onde se pode aproveitar a força dos ventos para a produção de energia. Para verificar se uma região tem potencial eólico, são necessários alguns dados sobre a velocidade dos ventos, dados esses que devem ser obtidos de alturas superiores a 50 metros, que é a altura mínima das torres dos aerogeradores.
Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente viável, é necessário que seu potencial seja maior ou igual a 500 W.m-2, a uma altura de 50 metros, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m.s-1, segundo Costa & Lyra (2012), apud Da Silva (2007), em “Análise dos Padrões de Vento no Estado de Alagoas”.
O nordeste brasileiro apresenta grande potencial energético oriundo do vento, como afirmam Lira, Silva & Alves (2011) em “Estimativa dos Recursos Eólicos no Litoral Cearense Usando a Teoria da Regressão Linear” quando dizem que o estado do Ceará alcançou em 2010, a marca de 518,33 MW de potência e se tornou o principal produtor desse tipo de energia no Brasil. Já no estado de Alagoas, a região do agreste é onde se tem os ventos mais fortes, chegando a 5,5 m.s-1, revelando-se um estado com potencial baixo para o aproveitamento da energia, já que o mínimo, como referenciado, é de 7 m.s-1.
O Brasil conta hoje com dezenas de usinas eólicas em funcionamento ao longo do seu território e dezenas de projetos de instalações de novas