arte de teatrar
A evolução da dança nobre prossegue e, ao mesmo tempo, a carola muda de sentido, não sendo apenas uma manifestação de alegria, mas também, em muitas ocasiões uma “dança macabra”. O costume de se dançar em cemitérios se difunde para mostrar que a vida é uma carola conduzida pela morte. Nesse sentido, a Igreja, ao perceber que o domínio sobre o Estado se enfraquecia, entre outros fatores, busca uma reaproximação com a dança.
Existiam danças rurais e danças pagãs, que eram praticadas pelo povo. E também os dramas litúrgicos, uma espécie de encenação teatral das partes da missa. Aos poucos, alguns movimentos das danças populares foram sendo incorporadas nos dramas litúrgicos realizados pelo coro da missa. Com isso houve o desenvolvimento de corporações da comunidade responsáveis por fazer o figurino, criar os passos, treinar o coro, já sem ajuda do padre. Esse "coro" então saiu da igreja para encenar na porta da mesma, onde havia mais espaço. Logo houve a necessidade da criação dos palcos, e neles eram encenados os dramas semi-litúrgicos e o drama da moralidade, retomada da temática da Antiguidade Grega. A dança, como espetáculo, o movimento, faziam parte do drama. Existiam paralelamente as danças sociais, feitas pelo povo e pela nobreza para diversão. Essas danças não puderam ser abolidas pela igreja, então foram incorporadas e restringidas. Seguindo por esse viés, constatamos três fontes de inspiração: