Arte Contemporânea
25/10/13
Orfismo
Em 1913 Robert Delaunay expôs as suas Janelas em Berlim. Estas coincidiram com um generalizado aparecimento da abstração na Europa.
Para Delaunay a cor comportava todas as questões da pintura, a “cor dá profundidade (não perspetiva, nem é sequencial mas simultânea), dá forma e movimento”, afirmou.
Desenvolveu a lei dos contrastes simultâneos a que designou de simultaneísmo. Para além dos contrastes simultâneos, a simultaneidade a que se refere respeita á proximidade da imagem pictórica com a imagem na retina, daí a simultaneidade transcendental das artes visuais por oposição á temporalidade mundana das artes verbais.
A serie Fenêtres (1912), constituída por 23 pinturas e desenhos, foi apresentada por várias cidades. Em Munique, Paul Klee traduziu um texto de Delaunay intitulado Lumière, que equacionava a cor, a luz, o olho, o cérebro e o espirito.
Deste modo, Delaunay dificilmente poderia rejeitar o velho paradigma da pintura como uma janela, mas, pelo contrário, purificava-o. A realidade da visão era devolvida na abstração da pintura.
Em Fenêtres simultanées sur la ville, (1911-12), o motivo central da sua obra, a Torre Eiffel, é apenas um vestígio.
As janelas são, por isso, simultaneamente um referente, uma pintura e objectivas. Reconciliam o “tema sublime” de Paris (a Tour Eiffel) com uma “estrutura auto-evidente” da pintura.
Delaunay tornou o médium opaco, apenas para o fazer desaparecer novamente no tema da proximidade transparente De facto, Fenêtres são como janelas sem cortinas ou olhos sem pálpebras.
A cor enquanto luz está próxima da cegueira nestas pinturas, pelo que o passo seguinte seria
Realizou, em 1913-14, a Disco
Escolha da torre Eiffel como ícone, devido á ligação com o futurismo. Elementos muito característicos do mundo novo, da noção de futurismo.
Camuflagem de elementos figurativos.
Malevich rompeu com a iconografia tradicional da arte mimética e