Armazenamento de grãos
O período de chegada dos grãos à unidade armazenadora é marcado pela quebra de impurezas e umidade, processo realizado com a determinação dos percentuais de impurezas e umidade iniciais e finais pela subtração entre os dois valores. As perdas de grãos ocorridas na armazenagem podem ser classificadas como quantitativas (massa de grãos em T e kg, tais como derramamento de grãos: pátios, túneis, pés de elevadores e interiores de secadores, respiração da massa de grãos, super-secagem na aeração e etc.) e qualitativas (redução do padrão de classificação, causada por: infestação de fungos e, ou, bactérias; Infestação de insetos; grãos trincados, quebrados ou descolorados, dentre outros).
Existem diversas pragas que causam danos aos grãos, dentre todos os insetos de grãos são os que causam os maiores danos. Os principais insetos pertencem à ordem Coleóptera, pequenos gorgulhos, e à ordem Lepidóptera, mariposas ou traças. Além dos gorgulhos, que são muito resistentes, se movimentando pelos reduzidos espaços entre os grãos. Outras pragas importantes são os roedores (Camundongo, Rato de telhado e Ratazana), os fungos (principalmente as espécies Aspergillus spp., Penicillium spp. e Fusarium-spp) e micotoxinas (principais: aflatoxina, tricotecenos, zearalenona e ocratoxinas).
O armazenamento em nível de propriedade rural deve ser visto como uma forma de incrementar as produções agrícolas, para reduzir o estrangulamento da comercialização de grãos, ou mesmo evitá-lo, e permitir a regularização dos fluxos de oferta e demanda, com a manutenção de estoques e a racionalização do sistema de transportes, evitando-se, assim, os efeitos especulativos.
Para o agricultor, a armazenagem da produção na propriedade pode representar vantagens, como a redução dos custos de transporte, ou de frete, a comercialização do produto em épocas de menor oferta e de maior demanda (entressafra), com melhor remuneração e aproveitamento dos recursos disponíveis na propriedade