Armazenamento de grãos
PÓS COLHEITA E ARMAZENAMENTO DE GRÃOS
1Profa.
Marisa A. B. Regitano d'Arce
Depto. Agroindústria, Alimentos e Nutrição ESALQ/USP 1. INTRODUÇÃO Embora em outros países como a França, Argentina e Estados Unidos, a armazenagem em nível de fazenda represente de 30 a 60% da safra, no Brasil, esta prática não é muito difundida, apresentando um percentual pouco expressivo de aproximadamente 5-%. Diversos fatores contribuem para esse baixo índice, destacandose dentre eles, o econômico,. Este ano o Governo Federal está liberando R$500 milhões de reais para o MODERINFRA, financiamento que visa a renovação ou a instalação de novos armazéns particulares. Em outros países, onde a produção de grãos constitui uma das principais fontes de divisa, a seqüência do sistema de armazenagem principia na fazenda e evolui para os armazéns coletores, intermediários e terminais. No Brasil observa-se exatamente o contrário, porque a estrutura de armazenagem principia nos terminais e intermediários coletores, geralmente representados pelas cooperativas, resultando numa atividade tipicamente urbana. De uma previsão de uma colheita de 130 milhões de grãos para a safra 2003/2004, a capacidade de armazenamento estática está em 94 milhões, o que confere-nos, um déficit de 36 milhões. Além disso, há que se considerar que 51% da capacidade estática cadastrada na CONAB é de armazéns convencionais e 49% de armazéns e silos graneleiros; b) ainda há depositado nos armazéns e silos, excedentes não comercializados de outras safras, o que significa que essa capacidade anunciada não está totalmente disponível para a safra desse ano, e c) o fato de que os armazéns não estão adequadamente localizados nas regiões de maior demanda, um problema cada vez mais grave nas regiões de fronteiras agrícolas. Acredita-se, que uma unidade armazenadora, técnica e convenientemente localizada, constitui uma das soluções para tornar o sistema produtivo mais econômico. Além de propiciar a comercialização da produção