Aristoteles e a Politica
Resumo: O presente trabalho é resultado de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar os livros I, II e III da política de Aristóteles buscando demonstrar como a Filosofia Política deste autor concede à Polis a finalidade da existência do homem, demonstrando que somente na cidade-estado o homem será capaz de desenvolver todas as suas capacidades. A Polis será aquela cidade que torna possível a felicidade obtida pela vida criativa da razão (bios theoretikos). À felicidade individual deve corresponder o bem comum e, portanto, uma cidade feliz (polis eudaimon), (1323b30). Diferentemente de Platão, Aristóteles não constrói a idéia de uma cidade paradigmática exterior à história, o que gera o problema entre a cidade ideal e os regimes políticos existentes na época, tema que será tratado no percorrer da pesquisa3.
Referir-nos-emos, aqui, à concepção de Polis como o lugar onde os indivíduos podem ser considerados como seres políticos e, desse modo, é somente nela que eles encontrarão a sua realização. Para atingir a atualização de todas as suas possibilidades, o homem deve estar inserido na cidade e essa deve dispor de todos os meios para garantir o soberano bem daqueles que a compõem. A atualização da natureza do homem só pode se dar na cidade, que, nesse caso, é a Polis. O fundamento da existência do homem, bem como o objetivo de sua existência, só pode ser pensado na Polis. Essa visa o bem maior porque abrange outras comunidades menores e possui uma auto-suficiência que as comunidades menores não alcançam.
INTRODUÇÃO
É necessário, sempre que se tratar do tema “Política”, remontar às origens do pensamento político grego a fim de descrever melhor como se deu o surgimento dessa ciência que é, indiscutivelmente,uma das maiores contribuições desse pensamento.
Todo o vocabulário foi e é construído segundo os conceitos elaborados no pensamento político grego. Portanto, para