Política Aristóteles

A Política em Aristóteles, Influxos na Modernidade
Entre os séculos XV e XVI, as idéias políticas de Aristóteles, influenciavam o pensamento moderno por meio da interpretação que delas faziam os teólogos morais. Já no século XVIII Aristóteles passa a ser visto como opção concreta para compreensão de uma realidade sujeita a profundas transformações estruturais. Sua obra passa a ser uma alternativa para explicar as realidades do Estado Moderno e do absolutismo político, a partir da busca do papel do indivíduo na sociedade.
Uma das idéias de Aristóteles é a de colocar lado a lado a felicidade individual e a felicidade política, ele considerava a felicidade como uma maneira de agir, segundo Eduardo Bittar, seria indício da assunção do platonismo em compasso com um realismo mais acentuado. Aristóteles também sustentava em sua obra que não é suficiente descobrir como alcançar a felicidade individual, que também deve-se colocar em foco o fato de que o indivíduo vive em sociedade e se sujeita a todas implicações de sua existência coletiva.
Para isso,Aristóteles divide a Política em duas partes, a ética e a política. A primeira com objetivo de obtenção da felicidade, a segunda deve questionar-se acerca de qual forma de governo, instituições e leis irão propiciar o bem-viver. Costuma-se compreender a) a Política como uma continuação da abordagem desenvolvida na Ética a Nicômacos e b) a soma das duas partes da Política – a ética e a política – como a ciência da felicidade humana. Bertrand Russel, nos lembra, que o máximo da felicidade em Aristóteles está no exercício da razão.
Aristóteles afirma que a polis é uma comunidade com intuito de obter algum bem e especifica que a comunidade que engloba todas as demais é a comunidade política, tendo tal objetivo em grau superior. Para ele a comunidade política é “a comunidade cívica mais perfeita para a coexistência humana, lugar necessário do ser racional”. E no século XVI, a polis pode ser tomada como ponto de partida para a