A POLITICA DE ARISTÓTELES
Após a análise da obra “A POLÍTICA” de Aristóteles, podemos entender que o autor concebe a filosofia política como construtora do Estado Ideal, cuja finalidade é produzir o tipo moral mais elevado do ser humano.
Mais de uma das afirmações de Aristóteles pareciam simples e sem interesse ao leitor de hoje; outras, entretanto chamaram profundamente a atenção e proporcionaram uma concepção ampla sobre a vida política; todas, devem ser julgadas como um grande legado do modo como o homem antigo analisou sobre sua sociedade e formulou em termos teóricos, que sobreviveram ao longo dos séculos, suas opções e metas comuns a todos, ou seja, como uma obra-prima da filosofia política.
“A felicidade humana consistiria em uma certa maneira de viver, e a vida de um homem é o resultado do meio em que ele vive, das leis, dos costumes e das instituições adotadas pela comunidade a qual ele pertence.” Na zoologia de Aristóteles o homem é classificado como “animal político”, social por natureza que desenvolve suas potencialidades na vida em sociedade, organizada adequadamente para o seu bem-estar, e instituída através das leis, permitindo ao futuro operador do direito, fundamentar bases sólidas sobre a constituição de um estado que admita a plena aplicação da justiça.
Assim, a meta da política é descobrir primeiro a maneira de viver que leva a felicidade humana, e depois a forma de governo e as instituições sociais capazes de assegurar seu modo de vida. Enfatizamos que Aristóteles tem como objetivo em seu livro conduzir ao estudo da constituição da cidade-estado.
A política aristotélica é essencialmente unida à moral, porque o fim último do Estado é a virtude, isto é, a formação moral dos cidadãos e o conjunto dos meios necessários para isso. O Estado é um organismo moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa. A política, contudo, é distinta da moral, porquanto esta tem como objetivo o