Aristoteles : a justiça como virtude
De que modo o legado aristotélico influencia em questões sociais modernas.
Salvador, 03 de abril de 2013
1- A justiça compreendida por Aristóteles
Estudar a sociedade pelo ângulo aristotélico é uma experiência de inconteste valia. Os conceitos propostos por esse filósofo de grande influência nos pensamentos ocidentais são, de fato, preciosos. Aristóteles foi discípulo de Platão e preceptor de Alexandre O Grande, responsável por grandes feitos na antiga Macedônia.
Para ele a virtude, assim como o vício, adquire-se pelo hábito, reiteração de ações em determinado sentido, com conhecimento de causa e com o acréscimo da vontade deliberada.
Em grossas linhas, a máxima aristotélica é o concebimento da igualdade como a designação de tratamento desigual aos desiguais. Para ele, a justiça é uma virtude como qualquer outra presente nas condutas humanas, tais como coragem, liberdade e temperança, e tal como elas, a justiça deve ser cultivada na conduta dos indivíduos, através da educação e da ética.
Não se trata aqui de conceber a justiça de várias maneiras, mas sim de assumir a existência da diversidade e tratá-la de acordo às suas especificidades. Nesse sentido, tem-se o legislador como a figura virtuosa que age de acordo a proporcionar o Bem Comum à sociedade.
Para Aristóteles, o justo divide-se em total, particular, distributivo, particular corretivo, político e doméstico, legal e natural.
2- O pensamento aristotélico e as mudanças sociais geradas pelos novos entendimentos no que tange à estabilidade no período gravídico.
Primeiramente cumpre observar a busca de Aristóteles pelo exercício da justiça em sociedade, na polis. A polis, na acepção aristotélica, não é qualquer comunidade de homens, mas sim uma comunidade humana soberana e autossuficiente, autárquica, com vistas AO MELHOR e não simplesmente à satisfação das necessidades básicas de subsistência.
A estabilidade gravídica é um importante