Ariano Suassuna e o Movimento Armorial
Após ingressar na faculdade de direito, Ariano Suassuna fez contato com um grupo de pessoas interessadas em arte e literatura principalmente a arte e literatura popular; oi a partir desse encontro que nasceu o Teatro de Estudantes de Pernambuco (TEP), com a intenção de criar uma dramaturgia e literatura baseadas na cultura popular local. A partir dessa experiência Suassuna iniciou sua carreira literária, como ele mesmo definia, sua “militância artística”.
Após alguns anos o TEP se desfez e deu lugar ao Teatro Popular do Nordeste (TPN), que buscava dar continuidade às ideias principais do TEP. Em meados do ano 1969, Suassuna começa a intensificar o desenvolvimento de trabalhos e pesquisas que iriam culminar no Movimento Armorial. Neste momento, Suassuna assumiu o cargo de diretor do Departamento de Extensão Cultural (DEC), que lhe serviu como um laboratório de experimentação nos variados campos de arte.
Em outubro de 1970 o Movimento Armorial foi oficialmente lançado, com a abertura de uma exposição artística e um concerto da Orquestra Armorial de Câmara. Nesse primeiro momento o Movimento é caracterizado pela literatura específica e marcado por significativas realizações, como na música, por exemplos: com a criação da Orquestra Armorial de Câmara e o Quinteto Armorial, que tinham a finalidade de criar uma “música erudita brasileira”, baseada nas raízes populares da cultura brasileira. Suassuna considerara essa primeira fase como experimental, porém, diversos autores afirmam a existência de uma fase “embrionária”, anterior a essa fase, que seria desde a criação do TEP até o lançamento oficial do Movimento. Neste período o Movimento visava à criação de uma arte brasileira focando mais na criação, propriamente dita do que na teoria. Era um grupo de artistas criando junto ou separadamente e que depois descobriam umas características em comum, não possuía uma linha rígida de princípios, era um movimento aberto.
O Movimento