Argumentação e retorica
2.1 O domínio do discurso argumentativo
– a procura de adesão do auditório
o Quando comunicamos uns com os outros procuramos selecionar os argumentos e organizar o discurso de modo a levar os nossos interlocutores a aderir às nossas posições e opiniões. o Quando se trata de comunicação argumentativa, isto é, quando a troca de mensagens visa exercer influência sobre os nossos interlocutores, levando-os a ouvir, compreender e aceitar as nossas posições, a preocupação centra-se mais nos efeitos da comunicação do que na validade formal dos argumentos. o Sendo a argumentação um ato comunicativo, implica um emissor ( orador/retórico), recetor( auditório) e uma mensagem ( acompanhada de argumentos)
este um tese,
o O estudo das estratégias de organização do discurso argumentativo não é realizado no âmbito da lógica formal, mas sim no âmbito da lógica informal.
o Aristóteles distinguia entre demonstrar e argumentar ou entre raciocínios analíticos ou demonstrativos ( que são os que estabelecem
uma relação necessária entre a verdade das premissas e a verdade da conclusão) e os raciocínios dialéticos ou argumentativos ( que partem de premissas prováveis, de opiniões ou opções consideradas preferíveis ou razoáveis, e que visam conquistar a adesão do auditório).
o
A demonstração envolve, sobretudo, elementos de natureza racional e centra-se na estrutura do argumento e na necessidade lógica que une as premissas e a conclusão ( univocidade própria da lógica e das suas regras) , por isso, a conclusão não é discutível nem depende das opiniões e crenças dos interlocutores.
o A demonstração:
é do domínio do constringente, isto é, do que é necessariamente de uma única maneira, podendo até ser feita por uma máquina;
permite uma única interpretação pela pobreza da linguagem formal;
reduz-se a um cálculo lógico-formal;
é independente da matéria ou conteúdo;
é impessoal ao nível da