A questão da livre circulação no espaço da CPLP
Pode-se conceituar “comunidade” como um grupo específico de pessoas que reside em uma determinada área geográfica e compartilham uma cultura comum e um modo de vida, e são conscientes do fato de que compartilham certa unidade e que pode atuar coletivamente em busca de um objetivo ou de uma meta.
A herança histórica, o idioma, e a busca de cooperação em todos os domínios estão na origem da fundação da Comunidade dos Países de língua Portuguesa, a CPLP. Mas o status de comunidade só será alcançado com a livre circulação dos cidadãos entre os Estados membros, e pela passagem da política a ação.
A língua é o elemento fundador da CPLP, mas a CPLP não se restringe apenas a questão da língua, dada a existência de outros pontos comuns para os quais os interesses convergem os quais estão nos objetivos da comunidade, são eles:
A concertação político-diplomática entre seus estados membros, nomeadamente para o reforço da sua presença no cenário internacional;
A cooperação em todos os domínios, inclusive os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social;
A materialização de projetos de promoção e difusão da língua portuguesa.
Para se falar em uma comunidade é necessário que cada integrante faça parte de uma herança histórica comum, tenha objetivos propostos em comum, estabelecimento de metas, uma identidade cultural e objetivos comuns. Quando tudo isso sucede podemos dizer que realmente existe uma comunidade.
A CPLP tem que ser mais que a língua, mais que política e diplomacia têm que buscar cumprir os seus objetivos comunitários. A distancia geográfica que separa os membros que estão difusos entre 4 continentes não pode ser entendida como um obstáculo, mas sim como possibilidade de um mercado mais vasto e heterogêneo, há que se fortalecer as trocas, os negócios, os