Arcadismo
[pic]O Arcadismo, Setecentismo (anos 1700) ou Neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do séc. XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa.
No início mostrava o barroquismo literário em plena decadência. Uma literatura empolada, de louvação e encômios, em linguagens exageradamente metafórica, arrevesa e sentenciosa, praticada à sombra das academias. Mas, com declínio da aristocracia e com ascensão da burguesia, sente-se a tendência para uma renovação do gosto literário e do credo estético, com o esgotamento da literatura cortês do barroco. Desenvolve-se uma reação contra o barroquismo do seiscentos, expressa num amplo movimento de restauração classicizante, em que o espírito clássico ressurge sob a forma de neoclassicismo.
O Arcadismo
No séc. XVIII, as formas artísticas do Barroco já se encontram desgastadas e decadentes. O fortalecimento político da burguesia e o aparecimento dos filósofos iluministas formam um novo quadro sócio político-cultural, que necessita de outras fórmulas de expressão. Combate-se a mentalidade religiosa criada pela Contra-reforma, nega-se a educação jesuíta praticadas nas escolas, valoriza-se o estudo científico e as atividades humanas, num verdadeiro retorno à cultura renascentista. A literatura que surge para combater a arte barroca e sua mentalidade religiosa e contraditória é o Neoclassicismo, que objetiva restaurar o equilíbrio por meio da razão.
Dentre as variedades do neoclassicismo, figurou o movimento arcádico. No final do séc. XVII, fixou residência em Roma a jovem ex-rainha Cristina da Suécia, que renunciara ao trono e ao luteranismo, convertendo-se ao catolicismo. Inteligente e culta, desde a Suécia habituara-se a cercar-se de sábios e artistas, para discussão e leitura de trabalhos literários. Em Roma, atraiu para essas reuniões a fina flor da inteligência local, formando um cenáculo intelectual que, após sua morte, se transformaria