aquisicao da linguagem

nteressante notar que no filme, apesar de alguns relatos de professores, o foco é voltado aos jovens alunos e suas relações com escola. Ele mostra uma escola do Rio de Janeiro, onde professores chegam ao impasse de aprovar ou reprovar um aluno que fez alguns progressos de comportamento. O conselho de classe enfrenta este difícil empasse: fazer com que um aluno passe para a próxima série sem saber os conteúdos básicos exigidos ou fazer com que ele regrida e o pouco avanço que teve em seu comportamento seja perdido? Somos levados à reflexão durante todo o documentário. Como levar em consideração o aluno de uma maneira completa? O lugar onde ele vive, sua família, seus amigos, suas expectativas? Como um professor que não conta com um plano de carreira promissor e que muitas vezes, pelo seu baixo salário, se vê obrigado a dobrar a rotina de trabalho, desmotivado pelo desinteresse dos alunos e pela falta de formação de gestores, pode educar este aluno? Em uma escola em Itaquecetuba nos deparamos com alunos sem muitas expectativas, esforçados mais com o desgaste de muitas vezes ir até a escola e ter que voltar pela falta de professores. E interessante o relato de uma aluna chamada Keila que se envolve em uma oficina de poesia e diz que sua inspiração vem dos momentos de tristeza. Até que ponto isso é justo? Uma jovem com uma vida toda pela frente ter que procurar incentivo para o seu gosto de fazer poesia em um sentimento como a tristeza. Ainda em Itaquecetuba vemos o esforço da professora Celsa que apesar do pouco recurso faz a diferença com seus alunos em suas oficinas, ela relata também que muitas vezes a sua ausência se deve ao seu desgaste