apropriando a desapropriação
Erika Höfling Epiphanio
Doutoranda em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, pela Universidade de São Paulo
Endereço para correspondência
Este artigo tem como objetivo realizar uma reflexão sobre a Psicologia do Esporte como um novo campo de trabalho para os psicólogos. As áreas de atuação da Psicologia do Esporte, serão apresentadas em conjunto com um histórico de seu surgimento e desenvolvimento. Os problemas enfrentados por esta área também serão explorados.
Este artigo fará uma reflexão a respeito de uma área da Psicologia que encontra-se descoberta no cenário nacional, a Psicologia do Esporte.
A Psicologia do Esporte teve seu início entre final do século XIX, início do século XX (De Rose Junior, 1992). O surgimento de reflexões envolvendo Psicologia e Atividade física se deu a partir de uma demanda do meio esportivo. Em função do alto índice de aperfeiçoamento técnico dos atletas, percebeu-se que haviam atitudes psicológicas que favoreciam alguns atletas, o que motivou o início das investigações dos fenômenos psicológicos relacionados à prática esportiva (Epiphanio, 1997).
No Brasil seu início ocorreu mais tardiamente, na década de 50. Mais precisamente em 1954, com um trabalho realizado para seleção de juizes da Federação Paulista de Futebol. Após este trabalho, o psicólogo João Carvalhaes iniciou, junto ao São Paulo Futebol Clube, o acompanhamento psicológico dos jogadores (Silva, 1984).
O desenvolvimento desta área tem sido muito grande no mundo todo, possibilitando a emergência de mais uma grande área de atuação do psicólogo, como é o caso da Psicologia Clínica Escolar, Organizacional.
Isto, no que diz respeito ao aumento da consciência da necessidade de compreender o psiquismo dos atletas, bem como para uma efetiva interligação entre corpo e mente.
O desenvolvimento da Psicologia do Esporte retoma uma antiga discussão sobre a díade corpo-mente. A filosofia foi a ciência